

Aula 12-95: Efeito Doppler relativístico

Ao estudarmos o som, aprendemos sobre o efeito Doppler que age sobre ondas sonoras. Este fenômeno acontece sempre que há um movimento relativo entre uma fonte emissora de onda e um receptor de onda. Este movimento promoverá no sistema uma diminuição ou aumento do comprimento de onda e, consequentemente, da frequência percebida pelo receptor.
Em ondas sonoras, a análise do efeito Doppler é trivial, pois, como a velocidade do som é baixa, as transformadas usadas para se avaliar e descrever o fenômeno são as já bastante estudas galileanas. Quando, porém, avaliamos o efeito Doppler agindo sobre ondas eletromagnéticas, necessitamos usar as transformadas de Lorentz porque, como a velocidade de ondas eletromagnéticas é geralmente próxima a velocidade da luz no vácuo, o fenômeno é sempre relativístico.
Relação entre frequência emitida e frequência recebida
Analisaremos o fenômeno compreendido entre dois eventos: duas emissões de picos de ondas consecutivas
A frequência do emissor, do referêncial S', no referêncial S' (do tempo próprio), será o inverso do intervalo entre os dois eventos:
O comprimento de onda da onda recebida pelo receptor, será:
Assim, teremos:
Sabemos que o tempo próprio se relaciona com o tempo comum através da seguinte relação:
Substituindo este valor na expressão da frequência recebida, encontraremos:
Identificando a velocidade das estrelas
É o efeito Doppler que nos permite reconhecer se uma estrela se afasta ou se se aproxima do planeta Terra, pois, conhecendo-se a constituição química da estrela, conhecemos o espectro de emissão dela. Caso a estrela esteja se afastando do planeta, devido ao efeito Doppler notaremos um desvio espectral para o vermelho; caso ela esteja se aproximando, notaremos um desvio para o azul. |
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