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Aula 2.11: Introdução à dinâmica e primeira lei de Newton

Força

Trata-se de uma interação entre entes físicos capaz de acelerá-los, deformá-los ou equilibrá-los.

 

Na primeira das imagens temos um morteiro. O míssel, quando liberado à beira do tubo, percorre-o até o fundo, onde aciona um pino que desencadeia uma explosão. Neste instante, gases se expandirão e empurrarão o projétil, acelerando-o para fora do tubo. Na segunda imagem, uma prensa hidráulica esmaga um objeto de plástico, deformando-o. De último, temos uma imagem de uma gangorra com pedras; neste sistema, forças agem para cima e para baixo de modo a equilibrar as pedras

 

     

animação de um morteiro disparando um projétil

animação de uma prensa hidráulica amassando uma lixeira

gangorra de pedras em equilíbrio mecânico

 

A força é uma grandeza vetorial, isto é, para ser satisfatoriamente representada, necessita de três informações. São elas: Direção, sentido e intensidade. Tais valores são integralmente informados pela representação vetorial. A intensidade deste vetor será medida, no SI, em newtons. Veja o exemplo abaixo:


   

dois homens fazem força sobre uma corda, as forças estão representadas por vetores

Estão representadas algumas das forças que agem sobre a corda. Observe que as forças exercidas são ambas horizontais e de igual intensidade ou magnitide, divergindo, então, apenas pelo sentido.



   

Principais forças da dinâmica

 

Peso: Força de origem gravitacional, de ação à distância. Esta força é dada pela seguinte fórmula:


A Terra atraindo a lua

Força de atrito estático e dinâmico: Força proveniente da rugosidade existente entre duas superfícies potencialmente deslizantes entre si. Chamamos força de atrito estático, essa força, antes do deslizamento; chamamos de atrito dinâmico a força durante ele.


dois corpos se atritando

Normal: Força exercida por uma superfície em um corpo que a impinge, também, uma força.


Caixa sobre plano inclinado

Tensão: Força exercida por cordas, cabos, corrente e similares.


corda puxando caixa

Força resultante

soma de vetores em um problema de dinamica

Raramente um corpo está submetido a ação de apenas uma força, segue-se, daí, a necessidade de trabalharmos com a força resultante.


A força resultante é a força que resulta da soma vetorial de todas as forças que agem sobre o corpo estudado.

 

Na imagem acima, ilustramos apenas as forças que agem sobre a pedra horizontal, a soma vetorial destas forças, neste caso, como podemos observar, resulta em 0 N.



 

 

Primeira lei de Newton (princípio da inércia)

É empreendimento árduo rastrear o nome do primeiro cientista a conceber com a correção e a abrangência necessárias o princípio da inércia. Sabemos que o filósofo medieval francês Jean Buridan (★ 1301 1358 ✝) empenhou-se em formular uma competende descrição da natureza que muito se assemelhava a hoje conhecida primeira lei de Newton. Mais tarde, Leonardo Da Vinci (★ 1452 1519 ✝) também dedicou-se numa formulação rudimentar disto que estamos a tratar. Ainda mais adiante, Galileu Galilei (★ 1564 1642 ✝) versou sobre o mesmo princípio, tratando-o com mais rigor e, por conseguinte, dando-lhe maior credibilidade. O contemporâneo de Galileu e prestigiado filósofo, cientista e matemático René Descartes (★ 1564 1642 ✝) também produziu formulações acerca do mesmo tema. Em 1687, Isaac Newton (★ 1642 1727 ✝) publica o livro Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Neste livro, são apresentadas as três leis de Newton, dentre elas o princípio da inércia; a lei da gravitação universal e mais uma vastidão de teoremas matemáticos. O prestígio de Newton e o rigor matemático e filosófico a que ele costumeiramente emprestava a suas formulações acabaram por conceder-lhe a fama de progenitor de tal princípio, batizando o princípio da inércia de, também, primeira lei de Newton.

cientistas que pensaram sobre a lei da inercia antes de Newton

 

O fenômeno:

Todo corpo que possui massa naturalmente tende a resistir à alterações em sua velocidade. A grandeza que indica essa oposição a mudança de velocidade é chamada massa inercial. Em outras palavras, podemos afirmar que um corpo nunca tem a sua velocidade alterada espontaneamente. Pois para que isso ocorra – para que sua velocidade se altere –, é necessário que uma força externa resultante aja sobre ele.

 

O enunciado:

Um corpo que está parado permanecerá parado, um corpo que está em movimento retilíneo uniforme permanecerá nesse movimento na ausência de forças resultantes agindo sobre ele.

   

Animação de um carro colidindo contra uma parede

Experimento de inercia com um ovo



 

 

Pseudoforças

Carro freiando e objeto que estava sobre ele sendo arremeçado para frente

Na imagem ao lado, o carro freia, reduzindo a sua velocidade, o eletrodoméstico mantém a sua velocidade (lei da inercia). A impressão é a de que o eletrodoméstico foi arremessado para frente por uma força estranha. Pois bem, esta força, na verdade, não existe; entretanto, há quem se refira a esta impressão de força como sendo uma força fictícia, uma força de "mentira" ou, então, uma força inercial.