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Aula 3.29: Campo gravitacional e satélites

Campo gravitacional

 

Campo gravitacional é uma característica espacial. Ao inserirmos no espaço um objeto massivo, alteramo-lo, imprimindo nele a capacidade de atuar, através de uma força, sobre os demais corpos que o habitam.

   
Linhas de força do campo gravitacional no planeta Terra

Na imagem ao lado, vemos o planeta terra (Um corpo redondo de distribuição homogenia de massa). Nosso planeta gera um campo gravitacional, isto é, altera o espaço ao seu derredor, de modo que, se colocarmos outro corpo no espaço, este sofrerá uma força que apontara para o centro do planeta. A esta característica do espaço transformado pela presença do planeta terra (e de todos os corpos massivos) chamamos de campo gravitacional.

Esta força – originada do campo gravitacional da terra, que aponta para o centro da terra – não existe sozinha na natureza (lembremo-nos da terceira lei de Newton), existe, também, a força que este corpo exerce na terra, que aponta para o seu centro (par ação-reação).

 

 

 

Força gravitacional

 

a força originária do campo gravitacional. Como já sabemos, dois corpos massivos se atrairão, por meio de forças, devido ao campo gravitacional que suas massas originam. O módulo desta força será diretamente proporcional às massas dos corpos envolvidos e inversamente proporcional ao quadrado de suas distâncias:

, em que G é uma constante (constante gravitacional).

 

 

 

Satélites

 

Satélites são corpos celestes que orbitam outros corpos celestes. Os mesmos podem ser classificados, quanto a sua origem, em dois grupos:

 

 

 

 

 

Satélites artificiais geoestacionários

 

Satélite orbitando o planeta Terra

Estes satélites são assim denominados porque possuem um período de traslação igual ao período de rotação terrestre e, portanto, quando vistos de referencial aqui da terra, estão parados. Estes satélites são de grande valia para a indústria das telecomunicações, pois ter um ponto fixo no céu capaz de enviar e receber transformações nos gera muitos benefícios. No entanto, pôr em órbita em destes satélites não é tarefa muito simples, para isso algumas medidas devem ser tomadas:

→ Por motivos de simetria, para que este satélite seja geostacionário, ele necessariamente deve orbitar o planeta numa região coplanar a linha do equador.

→ Por razões de ordem matemática, este satélite tem que orbitar o planeta numa órbita de raio de aproximadamente 42.200 km. Por que? Observe a demonstração abaixo:

 

A força resultante que agirá sobre o satélite é a força centrípeta, que será igual a força gravitacional. Portanto,

A velocidade tangencial do satélite pode ser obtida usando-se a expressão:

Substituido esta velocidade na expressão encontrada anterioremente...

Substituindo os valores solicitados na equação chegaremos ao raio apresentado anteriormente.