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Aula 12.91: Experimento de Michelson & Morley

Acreditávamos no passado que a luz, assim como as ondas mecânicas, exigia para a sua propagação um meio de tráfego, este meio seria o éter. Neste meio a luz deveria propagar-se com velocidade C = 3.108 m/s, conforme indicava as equações de Maxwell e os diversos outros experimentos abordados na aula anterior.

 

Em 1887, dois cientistas, Michelson e Morley, propuseram um experimento que poderia identificar a presença do éter e nos revelar sua velocidade com relação a velocidade de translação do planeta terra.

 

O INTERFERÔMETRO DE MICHELSON

   

A fonte dispara um feixe de luz que, ao incidir sobre um espelho semi-transparente, é dividido em duas parcelas. Estas duas porções de luz percorrerão caminhos ópitos diferentes e, após refletirem nas extremidades dos braços, retornarão e se encontrarão novamente formando um padrão de interferência.

 

 

   

Alguns cientistas acreditavam que a terra se movia no éter com uma velocidade de aproximadamente 30 km/h (mesma velocidade com que ela revoluciona o sol); Portanto, posicionaram o interferômetro de modo que um de seus braços ficasse paralelamente posicionado a este movimento de translação, ao passo que o outro se projetaria perpendicularmente a ele.

 

O TEMPO PARA O FEIXE PERCORRER O BRAÇO PARALELO

   

 

O TEMPO PARA PERCORRER O BRAÇO PERPENDICULAR

   

Aplicando o teorema de pitagóras no triângulo retângulo, chegaremos em:

 

 

 

A VARIAÇÃO DE TEMPO

 

RESULTADOS

Lembreme-nos que:

e que:

Assim sendo,

As suposições sobre a velocidade relativa da terra em relação ao éter permitia-nos conhecer , conhecendo-o sabíamos então a variação de tempo. Como também conhecíamos o período, podíamos saber se a interferência seria construtiva, destrutiva ou parcialmente destrutiva.

 

 

Conclusões

O experimento foi realizado em diversas época do ano, com o interferômetro posicionado em diferentes direções e que se foi observado é o padrão de interferência detectado permanecia sempre o mesmo. Este resultado indica não haver éter coisa nenhuma.