Aula 2-25: Colisões


Colisões são interações entre dois ou mais corpos em que, geralmente, há a atuação de grandes forças em curtos intervalos de tempo. As colisões, por vezes, também são chamadas de choques mecânicos.

Podemos dividir uma colisão em estágios, correspondentes ao período anterior, durante e depois da colisão. Neste processo, é importante ressaltar que o momentum linear sempre se conservará, isto é, o momentum linear antes, durante e depois da colisão permanece o mesmo. Diferentemente do que ocorre com o momentum, a enercia cinética poderá ou não se conservar: caso ela se conserve, temos um caso de colisão perfeitamente elástica; se a energia cinética se conservar parcialmente, então teremos um caso de colisão parcialmente elástica; caso a energia se perca totalmente, indo a zero, então teremos um caso de colisão inelástica.

 

➔ COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO

Trata-se de um valor obtido a partir da razão entre os módulos da velocidade relativa de aproximação dos corpos (antes do choque) e da velocidade relativa de afastamento dos corpos. Este coeficiente, indiretamente, é indicador da quantidade de energia cinética que se conservará nesta colisão. Ele estará entre 0 e 1; quanto mais próximo estiver de 1, maior será a energia cinética conservada no sistema.

   

Observe que como para haver colisão é preciso que a velocidade de "a" seja superior de a "b", então a velocidade relativa de aproximação será dada por:

Por argumento análogo, calculamos a velocidade relativa de afastamento através da expressão:

 

 

 

 

Colisões perfeitamente elásticas

Neste tipo de colisão, por um instante, no momento em que os corpos se tocarem, eles aglutinar-se-ão transformando parte da energia cinética envolvida no sistema em energia potencial e, em seguida, esta energia potencial será totalmente restuida aos corpos, conservando, então, a energia cinética antes e depois do choque.

 

➔ COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO PARA COLISÕES PERFEITAMENTE ELÁSTICAS

Sempre que estivermos diante de uma colisão perfeitamente elástica, o coeficiente de restituição valerá:

 

➔ EQUAÇÃO DAS VELOCIDADES FINAIS PARA COLISÕES ELÁSTICAS



MEDIDA DO COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO - COLISÕES ELÁSTICAS: DEMONSTRAÇÃO


Considerando que o momentum linear se conserva, podemos escrever:

eq.(1)

Reescrevendo a equação:

, eq. (2)


Considerando agora que energia cinética também se conserva, podemos escrever:

Reescrevendo a equação:

, eq. (3)


Para finalmente obtermos uma expressão que relacione as velocidades iniciais com as finais, dividimos a equação 3 pela 2:

, eq. (4)

Perceba que a equação (3) nos revela que o valor das velocidades relativas antes e depois da colisão se preservam, o que faz sentido, já que a energia cinética do sistema é constante.


 

FORMULA DAS VELOCIDADES FINAIS - COLISÕES ELÁSTICAS: DEMONSTRAÇÃO


eq. (1):

eq. (4):

Agora substituimos a equação obtida a partir da 4 na equação 1:

, eq. (5)

Para encontrarmos a formala da velocidade final para o corpo b; basta substituirmos a eq. (5) na eq. (4).

 

 

 

Colisões totalmente inelásticas

Neste tipo de colisão, por um instante, no momento em que os corpos se tocarem, eles aglutinar-se-ão dissipando energia e deste modo, unidos, permacerão a excutar o movimento. Neste tipo de colisão há a maior dissipação possível de energia cinética.

   

COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO

Como a velocidade de afastamento é nula, este coeficiente será igualmente nulo:

Podemos chegar a uma fórmula para a velocidade final dos corpos, aplicando a lei de conservação do momento linear:

Portanto:

 

➔ VARIAÇÃO DE ENERGIA CINÉTICA

Desenvolvendo a expressão, chegaremos:

Observe que a variação é sempre negativa.

 

 

 

 

 

 

 

Colisões parcialmente elásticas