Aula 7.57: Espelhos esféricos: côncavos e convexos
Espelhos esféricos
Ao cortarmos transversalmente uma esfera oca obteremos uma calota. Uma calota bem polida, capaz de refletir especularmente, é um espelho esférico. Tanto a parte interna quanto a parte externa da esfera pode ser polida e nos servir de espelho. Se usarmos a parte interna como espelho, a chamaremos de espelho côncavo; se for a parte externa, a chamaremos de espelho convexo. |
Espelhos convexosConforme vimos, quando usamos a parte externa da calota como espelho, temos o espelho dito convexo. O espelho convexo privilegia o tamanho do campo de visão, ampliando-o, em detrimento do tamanho da imagem, reduzindo-a. Esta propriedade, da amplificação do tamanho do campo de visão, torna este tipo de espelho útil e aplicável em algumas ocasiões, como por exemplo: garagens, ônibus, comércios etc. |
Espelhos esféricosComo acabamos de aprender, quando usamos a parte interna da calota como espelho, temos o espelho dito côncavo. O espelho côncavo privilegia, em alguns casos, o tamanho da imagem, ampliando-a, em detrimento do campo de visão, reduzindo-o. Esta propriedade, da amplificação do tamanho de uma imagem, torna este tipo de espelho útil e aplicável em algumas ocasiões, como por exemplo: telescópios, odontologia, maquiagem etc. |
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Pontos e elementos notáveis do sistema óptico
São pontos de notória importância para a análise geométrica do comportamento dos raios luminosos que incidem sobre o espelho.
C: Centro de curvatura do espelho (centro da esféra que originou a calota); V: Vértice do espelho (ponto central da calota); F: foco do espelho (ponto médio do seguimento CV) f: distância focal (FV); Eixo principal: Eixo sobre o qual estão os demais pontos notáveis. |
Propriedade gerais de reflexão em espelhos esféricos (raios notáveis)
I. Todo raio que incide paralelo ao eixo principal é refletido na direção do foco;
II. Todo raio que incide passando pelo foco é refletido em direção paralela ao eixo principal;
III.Todo raio que incide sobre o vértice é refletido com o mesmo ângulo de incidência;
IV. Todo raio que incide passando pelo centro de curvatura é refletido sem sofrer desvio.
Os raios que incidem nos da maneira/nos pontos destacados acima (que incide paralelo, no foco, etc.) são chamados de raios notáveis, veja a representações deles abaixo:
Todos os demais raios são denominados raios não-notáveis. É importante ressaltar que tanto os raios notáveis quanto os demais raios sempre obedecem as, já estudadas, três leis da reflexão:
Classificação das imagens
⚛ QUANTO AO ENCONTRO DOS RAIOS:
◦ Real: Se a imagem é formada a partir da prolongação dos raios refletidos;
◦ Virtual: Sempre que a imagem é formada a partir do encontro direto dos raios refletidos;
◦ Imprópria: Sempre que os raios não se encontram. Neste caso não há formação de imagem
⚛ QUANTO AO SENTIDO:
◦ Direita: A imagem projeta-se com o seu sentido vertical original;
◦ Invertida: A imagem projeta-se verticalmente invertida.
⚛ QUANTO AO ENCONTRO DOS RAIOS:
◦ Maior: A imagem originada é maior do que o objeto;
◦ Menor: A imagem originada é menor do que o objeto;
◦ Igual: A imagem possui o mesmo tamanho do objeto.
Formação de imagens em espelhos convexos
Para representarmos a imagem, basta que escolhamos dois raios, que partem do objeto rumo ao espelho, que nele refletem e, em seguida, se encontram. A conexão destes raios nos informará o necessário para categorizarmos com clareza a imagem formada.
Observe o exemplo a seguir:
Como é possível inferir a partir da análise dos dois raios incidentes e refletidos, a imagem encontrada é:
1. Virtual (pois é formada a partir da prolongação dos raios luminosos);
2. Direita (pois o sentido vertical da imagem foi preservado [ela não está invertida]);
3. Menor (pois a imagem formada é menor que o objeto refletido).
Obs.: Todas as imagens refletidas num espelho convexo possuirão sempre estas mesmas características (virtual, direita e menor).
Formação de imagens em espelhos côncavos
Para representarmos a imagem, selecionarmos dois raios e identificarmos o ponto de encontro, tal como fizemos com os espelhos convexos.
Observe o exemplo a seguir:
Como é possível inferir a partir da análise dos dois raios incidentes e refletidos, a imagem encontrada é:
1. Real (pois é formada a partir do encontro direto dos raios luminosos);
2. Invertida (pois o sentido da imagem tem o sentido oposto do sentido do objeto]);
3. Menor (pois imagem formada é menor que o objeto refletido).
Obs.: Diferentemente das imagens formadas a partir da reflexão em um espelho convexo, no espelho côncavo a imagem gerada pode assumir todas as classificações possíveis. A classificação da imagem obtida neste espelho dependerá exclusivamente da posição que ela ocupa frente ao espelho.
Os diferentes casos são listados abaixo: